Embedded Finance, ou “Finanças Embedadas”, em tradução livre para o português, é o modelo de negócios onde empresas de fora do segmento financeiro conseguem ofertar esse tipo de serviço e produtos para os seus clientes.
Na prática, é como uma companhia de varejo oferecendo cartão de crédito, conta digital, buy-now-pay-later ou qualquer outro produto bancário, inserindo as ofertas ao seu portfólio para aumentar rentabilidade e fidelizar clientes, sem tirar o foco do seu negócio principal.
Para conseguir ofertar esse tipo de produtos, as empresas precisam criar ou se aliar a instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central ou outro órgão regulador, caso optem por um provedor de infraestrutura.
O próprio Bacen é um dos grandes impulsionadores do modelo no País, contribuindo com mudanças de regulamentação – como a criação das SCD (Sociedade de Crédito Direto), com os subprodutos do Pix, ou até com movimentos como Open Banking e Open Finance.
Com isso, o cenário é de aumento da adoção no País – a Delloite estima que a oferta de serviços financeiros por meio do Embedded Finance tem potencial de gerar receitas de até R$ 24 bilhões no Brasil até 2026. Globalmente, o valor de mercado estimado dessas tecnologias no mesmo período será da ordem de US$ 138 bilhões.
Quais as vantagens do Embedded Finance?
Por terem relacionamento e entendimento do consumidor, essas empresas ganham vantagem competitiva em relação ao mercado.
Companhias buscam embarcar no embedded finance e ofertar serviços e produtos financeiros por uma série de fatores, entre eles:
Aumento da receita: Complementando os produtos com serviços financeiros, as empresas estabelecem novas fontes de receita, impulsionando seu faturamento.
Fidelização dos clientes: Ao oferecer soluções que atendem às expectativas dos clientes, relações mais sólidas e personalizadas podem ser estabelecidas, resultando em uma elevação na retenção e satisfação.
Diferenciação competitiva: A efetiva disponibilidade de facilidades e produtos financeiros pode se transformar em um critério de decisão para os clientes, destacando a empresa entre os concorrentes, contribuindo para ganho de mercado.
Quando desdobrado por produto financeiro, são evidentes demais vantagens para o cliente final.
Cartões de crédito ou pré-pagos, os clientes acessam vantagens como descontos, cashback, parcelamento e fidelidade. O pagamento de contas facilita a quitação de boletos, impostos e taxas via aplicativo ou plataforma da empresa.
Os serviços de recarga também estão disponíveis, possibilitando que os clientes recarreguem seus celulares, cartões de transporte, jogos e outros serviços.
Os empréstimos fornecem crédito rápido e fácil com taxas competitivas e condições personalizadas de acordo com o perfil e histórico individual de cada cliente.
Além disso, há oportunidades de investimento que viabilizam uma gama de produtos financeiros aos clientes, como fundos, ações e renda fixa, permitindo que eles otimizem seus recursos financeiros.
Como entrar no Embedded Finance
Para começar a oferecer produtos financeiros, o primeiro passo é tomar uma escolha estratégica entre criar um arcabouço regulatório próprio ou se aliar a parceiros e provedores de soluções como Banking as a Service e Credit as a Service, que já contam com infraestrutura tecnológica e legal para amparar a operação.
Após desenhar as jornadas do usuário (seja em banking, crédito ou demais produtos), a companhia desenvolve ao redor das APIs deste parceiro tecnológico e as integra ao sistema, aplicativo ou plataforma da empresa, disponibilizando serviços financeiros de maneira conveniente para seus clientes durante toda a jornada.
Colocando o Embedded Finance em prática: O papel da QI Tech
A QI Tech é a primeira SCD autorizada pelo Banco Central, e provê infraestrutura para serviços financeiros – como os necessários para conseguir operacionalizar uma oferta de Embedded Finance.
Banking as a service (white label, contas bancárias, pagamentos e boletos), esteira de crédito, administração e custódia de fundos, antifraude e onboarding, entre outros.