Sociedade de Crédito Direto: o que é e como funciona criar uma SCD

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Sociedade de Crédito Direto – SCD é um modelo de instituição financeira criado pelo Banco Central em 2018 (resoluções 4.656 e 4.657 do Conselho Monetário Nacional), em um movimento para acelerar o desenvolvimento econômico e a inovação no sistema financeiro nacional.

Muito utilizado por fintechs, o modelo permite operações de financiamento, empréstimos e demais transações de crédito, bem como abertura e manutenção de contas bancárias e de pagamento. Ele vem como resposta à necessidade de bancarização empresarial e o surgimento de mais empresas dentro do mercado financeiro.

Com menos complexidade jurídica, regulatória, financeira e tecnológica do que um banco múltiplo tradicional, a Sociedade de Crédito Direto representa um avanço em termos de time-to-market e barreira de entrada para novos players no mercado – mantendo ainda a credibilidade e regulação do Banco Central (Bacen).

O que é uma Sociedade de Crédito Direto – SCD?

A Sociedade de Crédito Direto – SCD é uma Instituição Financeira autorizada pelo Banco Central que tem como principal atuação efetuar operações de crédito, financiamentos e empréstimos, da mesma forma que os bancos tradicionais, mas exclusivamente em âmbito digital.

Instituições financeiras que seguem esse modelo podem comprar títulos de crédito usando o seu capital próprio para viabilizar a transação, carregar esse crédito em seu balanço e depois cederem esse título a um fundo.

Além disso, a Sociedade de Crédito Direto – SCD tem permissão para:

  • Fazer análise de crédito para terceiros;
  • Cobrança de créditos para terceiros;
  • Distribuição de seguros; 
  • Abertura de contas de pagamento;
  • Emissão de moeda eletrônica;
  • Emissão de cartão de crédito ou outro instrumento de pagamento pós-pago.

A QI Tech foi a primeira SCD autorizada pelo Bacen, e desde 2018 utiliza sua licença bancária e sua tecnologia para ajudar companhias a promoverem oferta de crédito, bancarização e demais serviços financeiros. Cuidamos de toda a infraestrutura tecnológica e regulatória para que os nossos clientes tenham uma operação fluida e rápida;

Como criar uma Sociedade de Crédito Direto – SCD?

O processo de criação e viabilização de uma Sociedade de Crédito Direto junto ao Banco Central e órgãos reguladores não é tão simples, indo desde a apresentação de toda a documentação necessária ao Bacen, cumprindo os requisitos necessários, tais como (mas não exaustivamente):

  • Abertura de companhia no regime de Sociedade Anônima (S/A);
  • Mínimo de R$ 1 milhão de capital integralizado e patrimônio líquido;
  • Operação exclusiva a partir de recursos próprios (é proibido captar de terceiros);
  • Comprovação da origem lícita dos recursos aportados na SCD;
  • Proibição de alavancagem financeira;
  • Operação exclusiva em âmbito digital;
  • Criação de uma holding exclusiva para participação em instituição financeira;
  • Estrutura de compliance imposta pelo Bacen;

O custo mínimo apontado para a criação de uma SCD é de aproximadamente R$ 600 mil, chegando até a alguns milhões de reais entre advogados e outros players, e desconsiderando o capital social e patrimônio líquido que precisam ser disponibilizados para a operação.

O processo capitaneado pelo Banco Central envolve reuniões com os controladores e pode demorar mais de um ano até ser chancelado.

Alternativa para a criação de Sociedade de Crédito Direto – SCD: modelo as a service

Diante de todo o processo exigido para operar como uma Sociedade de Crédito Direto, muitas empresas preferem se tornar parceiras de instituições que oferecem o modelo as-a-service, como é o caso da QI Tech. 

Desta maneira, a cliente não precisa se preocupar com toda a regulamentação e pode direcionar os seus esforços para o relacionamento com o cliente, deixando o processo financeiro, tecnológico e burocrático com um parceiro, que fornece toda a infraestrutura para a operação.

Vantagens de se tornar parceiro de uma Sociedade de Crédito Direto – SCD

  • Foco no cliente;
  • Ausência de conflito de interesses;
  • Redução do Time to market;
  • Redução dos custos para adequação regulatória.

Esses serviços vão desde a criação de um banco digital completo (inclusive white label) até a jornada de crédito podem se tornar tão fáceis quanto uma concessão de crédito, onde a SCD atua como um intermediário entre os usuários/tomadores e os investidores que estão dispostos a emprestar o dinheiro.

Nesse contexto, todo o processo de contratação do crédito pode ocorrer de maneira digital, possibilitando uma jornada mais flexível e menos burocrática, o que torna mais ágeis a aprovação e o desembolso do empréstimo. 

Lending as a Service: como ofertar crédito sem ser Instituição Financeira?

Além das esteiras de crédito, as SCDs também permitem a construção de ambientes de contas personalizados, ideais para serem embarcados dentro das jornadas comerciais dos parceiros. Dessa maneira, é possível criar uma experiência de conta digital utilizando a marca do parceiro, possibilidade novas linhas de receita e um maior engajamento de sua base de clientes.

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Equipe Blog QI Tech
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Somos o principal blog sobre serviços financeiros B2B do Brasil e a 1ª Sociedade de Crédito Direto – nº329 a oferecer infraestrutura bancária para construção de serviços financeiros. Temos a missão de democratizar o acesso ao crédito. 🚀💙

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