Um bom sistema de prevenção à fraudes conta com uma arquitetura de cybersegurança com diversas camadas de proteção para validar a identidade do usuário e a idoneidade de uma transação ou pagamento, como um Pix, por exemplo.
Duas das camadas mais importantes para confirmação de identidade são o reconhecimento facial, também chamado de biometria facial ou face match, e a prova de vida (liveness).
Reconhecimento facial
O reconhecimento facial é uma maneira de identificar rostos humanos em imagens por meio de técnicas digitais. É um recurso baseado em sistemas de inteligência artificial, que são responsáveis pelo cruzamento de dados e detecção de padrões para garantir que o rosto detectado é de determinada pessoa.
A biometria facial é o estudo das características únicas físicas ou comportamentais de um indivíduo. Com a tecnologia de biometria facial é possível codificar e analisar os dados biométricos de uma pessoa, como, por exemplo:
- A distância entre o nariz e os olhos;
- Distância da boca ao queixo;
- Formato da boca;
- Tamanho do nariz;
- Manchas, pintas, marcas e cicatrizes;
- Contorno da face e do maxilar;
- Formato da extremidade da face;
Após a identificação desses pontos, a imagem do usuário é capturada, codificada em uma sequência numérica, armazenada e arquivada em um banco de dados
Prova de vida e liveness
A prova de vida é uma evolução da biometria facial. Ela é feita por meio da utilização de algoritmos, responsáveis por analisar dados coletados dos sensores biométricos para determinar se a fonte está viva ou é apenas uma reprodução (uma foto de uma foto, por exemplo).
O recurso é utilizado principalmente para impedir fraudes de identidade: com a prova de vida, é possível avaliar se o indivíduo está realmente realizando determinado processo pelo celular naquele momento ou se está na verdade usando uma imagem estática para tentar cometer fraude.
Existem duas formas de realizar a prova de vida: a ativa e a passiva.
Prova de vida passiva
O processo passivo de reconhecimento não necessita de movimentações. Para que a identificação aconteça, a única ação exigida é a que o usuário se posicione em frente a câmera para que a inteligência artificial identifique a imagem e faça a análise comparativa.
Prova de vida ativa
Esse tipo de prova de vida exige que o usuário se posicione em frente a câmera e faça algum movimento como sorrir, piscar, levantar as sobrancelhas etc.
Assim, os sensores biométricos conseguem registrar essas ações e por algoritmos analisar esses dados coletados em comparação com as informações e documentações enviadas.
Dessa forma, consegue-se evitar que o usuário fraudador tente passar pelo processo tirando uma foto de uma foto, a qual ele obteve de forma ilegal de outra pessoa.
Integração com sistema de segurança
Tanto a prova de vida quanto o reconhecimento facial são camadas importantes na autenticação multifatorial de identidade. Outros elementos para evitar fraudes são a análise de geolocalização, o device scan, a documentoscopia e a análise de comportamento.