QI DTVM - A partir do dia 10 de julho de 2023, a fintech brasileira que já opera como SCD (Sociedade de Crédito Direto), começa a fazer administração e custódia de fundos de investimento.
A QI Tech, empresa de tecnologia voltada a serviços financeiros e primeira SCD aprovada pelo Banco Central, recebeu autorização para operar como Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM).
A primeira SCD com uma licença de DTVM
Aprovada pelo Bacen e agora com credenciamento deferido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a QI Tech passa a ser a primeira SCD com uma licença de DTVM, habilitando-a para administrar e fazer custódia de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e demais fundos de investimento. Sua tecnologia proprietária vai automatizar e facilitar o backoffice e os processos de uma administradora de recursos, desde o cadastro centralizado até a conciliação automática de pagamentos.
Atualmente, a QI Tech conta com mais de 100 funcionários e atende cerca de 300 clientes – entre fintechs, empresas tradicionais e gestoras de investimentos. Mensalmente, a empresa emite cerca de R$ 600 milhões em crédito para diversos setores da economia.
Por ter surgido para atender o mercado de crédito e operar também com os modelos de credit as a service e banking as a service, a QI Tech já sentia as dores de crescimento desse setor, onde a ponta da operação ligada aos FIDCs não acompanhou a digitalização e melhora de eficiência das demais etapas de uma transação de crédito. O que prejudicava emissões em datas especiais como o Carnaval (onde a companhia transacionou aproximadamente R$ 77 milhões em crédito) ou no fluxo de caixa de empreendedores que precisam fazer o pagamento de folha antes do recebimento de duplicatas.
A homologação da distribuidora responde a essa demanda, de acordo com Pedro Mac Dowell, fundador e CEO da QI Tech.
Hoje nós podemos ir desde o onboarding, motor de regras e antifraude até a venda do título de crédito para o FIDC, passando pela emissão da CCB ou nota comercial e pelo banking. Com mais essa etapa, conseguimos automatizar toda a operação e gerar eficiência para a cadeia.
Pedro Mac Dowell, CEO da QI Tech
QI DTVM: 24 horas por dia, 7 dias por semana
A unidade começa com a digitalização da administração, custódia e controladoria dos FIDCs, que ganham agilidade e flexibilidade na oferta de crédito privado.
O objetivo é que um fundo consiga funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana e com operações instantâneas, com todos os processos e back-office integrados e automatizados.
Pedro Mac Dowell, CEO da QI Tech
Os próximos passos envolvem a disrupção em outras duas verticais.
Queremos oferecer infraestrutura de investimento ‘as a Service’ e uma corretora de câmbio seguindo os mesmos princípios de tecnologia de ponta para democratizar esses produtos financeiros.
Marcelo Bentivoglio, CFO da QI Tech
A estrutura de “corretora-as-a-service” permitirá que qualquer escritório de assessores de investimento ou fintech possa usar a infraestrutura como white-label, ganhar flexibilidade e servir seus clientes com uma gama maior de produtos financeiros. A entrada no mercado de câmbio permitirá também uma oferta inédita no País.
Com a mesa de câmbio high frequency da QI DTVM, vamos ser a primeira fintech a oferecer Buy-now Pay-later (BNPL) cross-border, ou seja: um cliente brasileiro poderá viajar para os Estados Unidos e poderá comprar parcelado em lojas que, hoje, só aceitam pagamentos à vista.
Marcelo Bentivoglio, CFO da QI Tech
Por fim, Pedro chama atenção para o fato de que as distribuidoras precisam possuir alto nível de segurança, já que são regulamentadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pelo Banco Central, bem como auto-regulado pela Anbima.
O modelo de DTVM ‘as a service’ é disruptivo em suas três frentes, de administração, corretora e câmbio, mas nos preocupamos em seguir todas as orientações dos órgãos reguladores.
Pedro Mac Dowell, CEO da QI Tech
One-stop-shop de infraestrutura completa para serviços financeiros
Com a abertura oficial da DTVM, a QI Tech se consolida como player one-stop-shop de infraestrutura completa para serviços financeiros. A scale-up, que já recebeu aporte de R$ 270 milhões do GIC em 2021, também oferece banking as a service, credit as a service, onboarding digital e antifraude.
A lista de clientes que já usufrui destes facilities é diversificada e já contempla dez bancos, três dos maiores marketplaces do Brasil e um dos maiores aplicativos de abastecimento de combustível do país, sem contar a lista dos fregueses famosos já divulgados e reconhecidos, como: Quinto Andar, VIVO e Enjoei.
Acompanhe a notícia na Exame: QI Tech se torna a primeira fintech a operar como DTVM no Brasil