Quando se fala em crédito estruturado no Brasil, um instrumento se destaca: o FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios). Presente em diversas operações financeiras, ele permite que empresas transformem recebíveis em capital de forma eficiente, segura e escalável.
Mas afinal, o que é um FIDC? Para que serve? E como sua empresa pode se beneficiar dessa estrutura? Neste artigo, respondemos essas perguntas com foco em aplicações práticas — especialmente para quem atua com concessão de crédito.
O que é um FIDC?
O FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) é um tipo de fundo regulado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que investe, majoritariamente, em direitos creditórios — ou seja, recebíveis como parcelas de empréstimos, boletos a vencer, duplicatas, entre outros.
Esses direitos são cedidos ao fundo por uma empresa que busca antecipar seus recebíveis em troca de liquidez imediata. O fundo, por sua vez, capta recursos de investidores interessados em comprar esses ativos.
Para que serve um FIDC?
O FIDC é uma solução versátil, com diversas aplicações, entre elas:
- Acesso a funding para empresas de crédito: fintechs e SCDs utilizam FIDCs como estrutura de funding recorrente, permitindo que concedam crédito com capital de terceiros (investidores), mantendo uma gestão eficiente de risco e compliance;
- Melhoria de capital de giro: empresas de diferentes setores podem antecipar seus recebíveis via FIDC, obtendo liquidez para financiar suas operações, sem recorrer a empréstimos tradicionais;
- Estruturação de operações com menor custo: com boa governança e risco bem modelado, o FIDC pode atrair investidores institucionais e oferecer taxas mais competitivas que outras fontes de financiamento;
- Desintermediação bancária: a empresa deixa de depender exclusivamente dos bancos e passa a acessar o mercado de capitais diretamente.
Como funciona um FIDC na prática?
A estrutura de um FIDC envolve:
- Cedente: empresa que origina os recebíveis e os vende ao fundo;
- Administrador: instituição responsável pela gestão fiduciária do fundo, garantindo sua regularidade;
- Gestor: define as diretrizes de investimento e acompanha os ativos;
- Custodiante e auditor: prestam serviços de controle e transparência;
- Investidores: aportam recursos no fundo em troca de rentabilidade.
O funcionamento exige governança robusta, regras de elegibilidade dos créditos, formalização dos contratos e processos bem definidos de cobrança e monitoramento.
Quais empresas podem se beneficiar de um FIDC?
A estrutura é especialmente vantajosa para:
- Fintechs de crédito e SCDs;
- Empresas com grande volume de recebíveis (varejo, educação, saúde etc.);
- Operadoras de antecipação de recebíveis (B2B ou B2C);
- Negócios que buscam funding escalável e transparente.
Se sua empresa concede crédito, parcelamentos ou vendas a prazo, um FIDC pode transformar esses recebíveis em capital para reinvestir ou escalar a operação.
O papel da QI Tech na estruturação de FIDCs
A QI Tech oferece infraestrutura regulatória, jurídica e tecnológica completa para que empresas possam:
- Criar e operacionalizar FIDCs de forma eficiente;
- Integrar análise de risco, formalização e gestão dos recebíveis via API;
- Atuar em conformidade com as regras da CVM e BACEN;
- Ter apoio na gestão dos fundos por meio da QI DTVM, nossa distribuidora com autorização do Banco Central.
Do primeiro contrato de crédito ao lastro que vai compor o fundo, a QI Tech simplifica a jornada com segurança, escalabilidade e performance.
O FIDC é uma ferramenta poderosa para empresas que desejam financiar sua operação de forma inteligente, sem depender exclusivamente de bancos. Seja para escalar uma fintech de crédito, melhorar o capital de giro ou acessar o mercado de capitais, ele oferece flexibilidade, liquidez e controle.
E com a infraestrutura certa, operar um FIDC pode ser muito mais simples do que parece.